60-CARNAVAL, A FESTA PAGÃ

 

A FESTA PAGà 

A ORIGEM DO CARNAVAL  

O carnaval tem origem na Antiguidade, mas não há um acordo sobre o evento que o criou, assim como há opiniões distintas sobre a origem do termo.

(Há uma corrente que defende a origem do carnaval nas festas agrárias, realizadas na primavera, quando as pessoas saíam das cavernas nas quais se protegiam do severo frio e comemoravam com cantos e danças o tempo que se assemelhava à primavera. Celebravam a alegria de poder ver o Sol, de plantar, ter alimentos e espantar as coisas ruins.)

                                   

                                         ANTIGO EGITO- FESTAS AGRARIAS

 

A HISTÓRIA DO CARNAVAL.

Considerando os seus Centros de Excelência, está dividida em quatro períodos: 

 

-O ORIGINÁRIO, (4.000 ANOS a.C AO SÉCULO VII A.C

A origem do carnaval vem do antigo Egito quando eram feitas as  “Festas Agrárias”. Essas festas eram em adoração ao Deus Osíres e à Deusa Ìsis.

Eram feitas nas margens do rio Nilo pelos egípcios em agradecimento pela fertilidade e boa colheita das primeiras lavouras.

A tradição dizia que para que as sementes crescessem e os frutos fossem bons, os mortais deveriam festejar, brincar e dançar muito

                                                                                                                        DIONISIO             

 

 O GRECO ROMANO (SÉCULO VII a.C AO SÉCULO VI d.C. )

 

NA GRÉCIA-

As origens do carnaval europeu estão ligadas às festas populares em honra de dois importantes deuses pagãos: Dioniso ou Baco e Cronos ou Saturno.

Homenageando ao deus Dioniso todos cantavam, dançavam e bebiam até cair.

 

EM ROMA-

Mais tarde, a Grécia foi dominada pelo Império Romano, mas seus deuses sobreviveram com nomes diferentes.

Dionisio passou a chamar-se Baco e Cronos passou a chamar-se   Saturno.

Eram três dias de festas e orgias com desfiles de carros alegóricos enfeitados, chamados de carnevales.  

 

Momo e Como são duas outras divindades ligadas ao Carnaval europeu.

O primeiro, filho da Noite e do Sono, não fazia absolutamente nada Ele é o deus da Crítica e da Zombaria.

 O deus Como rege a alegria e a boa vida.

No Brasil, a figura do Rei Momo misturou os deuses Como e Momo num único personagem.

 

  

O CARNAVAL E A IGREJA CATÓLICA (DO SÉCULO VI Dc AO SÉCULO XVIII Dc.)

 

No século XI com o advento da Era Cristã, a Igreja começou a tentar conter os excessos do povo nas festas pagãs.

Inicialmente desfilavam no Dia de Reis, quando as pessoas se fantasiavam de pastores e pastoras e saíam em procissão, simulando um rumo à Belém..

Uma solução foi a inclusão do período carnavalesco no calendário religioso.

Antecedendo a Quaresma, o Carnaval ficou sendo uma festa que termina em penitência na quarta feira de cinzas.

Esse longo período de privações acabaria por incentivar a reunião de diversas festividades onde os prazeres da carne: comida , bebida etc. (Carnaval) se faziam presentes antes dos dias que antecediam a Quarta-Feira de Cinzas, o primeiro dia da Quaresma

 Inicialmente desfilavam no Dia de Reis, quando as pessoas se fantasiavam de pastores e pastoras e saíam em procissão, simulando um rumo à Belém..

 

 

O CARNAVAL E OS EVANGÉLICOS.

 

7 anos atrás em 11 de fevereiro de 2013 Por Redação

A relação entre cristãos evangélicos e o Carnaval é bastante polêmica. Enquanto muitos líderes preferem levar os membros da igreja para um retiro espiritual, outros organizam blocos e grupos de samba para evangelizar durante o feriado.

“O FOLIÃO GOSPEL”

Outras pessoas, porém, não encontram motivos para não participar da festa brasileira que atrai milhões de turistas todos os anos.

Quando chega o mês de fevereiro as opiniões se dividem. O Carnaval é considerado a festa da carne e, neste caso, para evangélicos é uma festa pagã, onde a brincadeira extrapola, há muita bebedeira e sexo livre.

Mas a cada ano cresce uma tendência ao chamado "folião gospel", no qual o chavão é "crente também é feliz" e, assim, eles saem às ruas para brincar o Carnaval com muita alegria e respeito. Não há bebedeira nem orgias, apenas alegria e suas bandeiras com frases sobre fé e Jesus.

 

OS CONSERVADORES

Grupos religiosos conservadores não aceitam a inovação e dizem que "Carnaval é a festa do diabo".

OS LIBERAIS

outros religiosos mais liberais acreditam que os evangélicos devem sair nas ruas com seus blocos para brincar o Carnaval de forma saudável e fazer a diferença.

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 11/02/2013 -Para explicar as razões que os evangélicos possuem para não participar do Carnaval o pastor Silas Malafaia escreveu em sua coluna “Pastor Silas Responde”, no site Verdade Gospel, a origem da festa e ainda postou um versículo para basear sua resposta.

~Por ser uma festa onde tudo é permitido, Malafaia aconselha para que os cristãos não participem dela. “Até hoje essa festa da carne traz consequências físicas, morais e espirituais degradantes, estampadas nos noticiários da Quarta-feira de Cinzas, aconselho aos que não participam do Carnaval que continuem de fora; e, aos que participam ou pretendem participar, meu conselho é( João 2:16*) Sendo assim, não convém ao cristão, mesmo a título de curiosidades, participar dessa festividade”, encerrou.

*João 2.16 Pois tudo o que há no mundo - a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens - não provém do Pai, mas do mundo.

 

 

07/03/2.019- Silas Malafaia permite bloco carnavalesco EVANGÉLICO

Ele contou que no ano de 2018, mandou o grupo a primeira vez na rua no carnaval e cerca de 500 pessoas aceitaram Jesus ou voltaram pra igreja. O Bloco de Carnaval chamado de Reação tem até dançarinas e pessoas que fazem teatro enquanto o grupo toca. Depois do fim do culto de carnaval, o grupo vai as proximidades os eventos de carnaval do Rio para tocar e pregar.

 

 

O QUARTO CENTRO DE EXCELÊNCIA DO CARNAVAL. 

 

O quarto Centro de Excelência do Carnaval se concentra no novo mundo, em especial, nos países onde as culturas negras mais atuaram: Brasil: Argentina, Colômbia e Trinidad Tobaco.  

 

O CARNAVAL CONTEMPORANEO (SÉCULO XVIII dC AO SÉCULO XX Dc)

O Carnaval Contemporâneo começa a definir seu modelo com o surgimento da Industrialização no século XVIII, ganhando identidade própria, após o término da segunda Guerra Mundial, quando   ocorreram na Terra, importantes, mudanças de ordem filosófica, moral e estética.

Nos tempos contemporâneos, carnaval deixa de ser uma grande festa em que as principais ruas e praças se convertiam em palcos e a Cidade se tornava um teatro imenso, sem paredes, nas quais os habitantes eram ao mesmo tempo atores e espectadores em paradas  ( desfiles, espetáculos).

O carnaval Contemporâneo encontra  sua máxima expressão no ato do desfile, (espetáculo).”

 

Ao penetrar no mundo pós-moderno o carnaval se enquadra nas teorias de Michel Maffesoli: “a função essencial que pode ser atribuída à imagem, em nossos dias, é a que conduz ao sagrado. É de fato impressionante ver que, fora de qualquer doutrina, e sem organização, existe uma fé sem dogma, ou antes, uma série de fés sem dogma” expressando de melhor forma o reencantamento do mundo que afeta, de diversas maneiras, todos os  observadores sociais.

O carnaval se enquadra nessa visão geral do mundo pós-moderno que segundo  Maffesoli renasce hoje em dia com a “barroquização do mundo”.

 

De fato, o carnaval pós-moderno não é apenas uma figura de estilo no nada mais típico de carnavalização do que a inversão dos valores sociais e o tratamento irônico do uso do poder pela autoridade.

 

É a “controvérsia do pós-moderno” envolvendo a ambivalência da cultura de nossos dias - mediática na sua essência que se mostra tanto repressora como emancipadora.

 Em última instância trata-se da carnavalização da vida cotidiana em que o carnaval, propriamente dito, generaliza-se por secularização.

O que persiste como resquício portanto, é a celebração cristã do carnaval, que na verdade consiste numa herança pagã.

 

 

 

A PALAVRA CARNAVAL

 

A palavra "Carnaval" está, desse modo, relacionada com a ideia de deleite dos prazeres da carne marcado pela expressão:"CARNIS “VALLES", que, acabou por formar a palavra "CARNAVAL”.

DO LATIM "CARNIS" significa CARNE

 "VALLES" significa PRAZERES, 

“CARNAVAL”, PRAZERES DA CARNE 

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OS DIAS DE CARNAVAL

Em geral, o Carnaval tem a duração de três dias, os dias que antecedem a Quarta-Feira de Cinzas.

Em contraste com a Quaresma, tempo de penitência e privação, estes dias são chamados "gordos", em especial a terça-feira (Terça-Feira Gorda, também conhecida pelo nome francês Mardi Gras).

O termo mardi gras é sinônimo de Carnaval.

 

O CARNAVAL NO MUNDO

VENEZA

 

O carnaval de Veneza reúne, até hoje, os mais elegantes mascarados da Europa.

A festa mais tradicional acontece, sem dúvida, na cidade de Veneza, na Itália, com fantasias e as mais belas máscaras de carnaval.

 inicialmente desfilavam no Dia de Reis, quando as pessoas se fantasiavam de pastores e pastoras e saíam em procissão, simulando um rumo à Belém..

 

SUICIA

Com uma tradição de mais de 800 anos, o carnaval na cidade suíça da Basiléia ainda mantém as tradições seculares. Às quatro horas da madrugada da terça-feira gorda, chamados pelo sino da catedral e pelo rufar dos Schnitzelankler (tambores), os foliões mascarados invadem as ruas com lanternas coloridas cantando sátiras dos temas mais diversos, embalados pelo som de pífanos e flautas.

 

 

EM NICE

Em Nice, na França, duzentas mil lâmpadas iluminam o desfile de carros alegóricos, liderado por aquele que leva o Rei do Carnaval. Os carros levam ainda enormes bonecos de papelão e moças ornamentadas de flores. 

                                                                                           NICE      

 

NA FRANÇA

Na capital, Paris, o carnaval se resume à terça-feira gorda, quando os estudantes espalham-se pelas ruas, praças e cafés. Além de cantar e dançar, eles promovem uma verdadeira guerra de ovos e farinhas, cujas maiores vítimas são os motoristas e ocupantes de automóveis, que não têm como escapar.

 

 

 

NA ALEMANHA

Na Alemanha, o carnaval mais animado acontece na cidade de Colôni

 

NA BÉLGICA

Na Bélgica, os foliões mantém a tradição e vestem-se de Gilles, os bufões da Idade Média

 

 

NOS ESTADOS UNIDOS

Em Nova Orleans, nos Estados Unidos, a tradição do carnaval, que começa na segunda feira, é mantida com o desfile de barcos enfeitados no Rio Mississipi.

Na terça-feira a multidão sai em massa nas ruas para assistir às parades - desfiles de carros alegóricos - organizadas pelas sociedades carnavalescas.

 

NA AMÉRICA DO SUL

a América do Sul, além do Brasil, a BOLÍVIA tem um carnaval bastante pitoresco. É nesta época do ano que acontece a Diablada, um desfile onde é encenada uma dramática batalha entre o Bem e o Mal, na cidade de Oruro, centro da mineração boliviana.

Os homens se fantasiam com máscaras demoníacas, ornamentadas com serpentes aladas e dragões de três cabeças, representando os espíritos malignos que assombravam os primeiros operários, que temiam o trabalharem nas minas de estanho e prata por causa do perigo de passarem longo período de tempo debaixo da terra.

Já o Bem é caracterizado pela figura da Virgem de Socavón, a virgem do túnel da mina para onde convergem os "diabos" no fim do desfile, já com suas máscaras na mão. Eles se ajoelham dentro da igreja e pedem proteção à Santa. Na saída, passam por um túnel prateado, que simboliza a saída da mina, e são banhados por água benta pelos padres da cidade, consumando o ritual do exorcismo.

 

EM QUALQUER LUGAR DO MUNDO

Em qualquer lugar do mundo, o carnaval sempre é uma festa única que, para estar completa, não deixa de reunir o sagrado e o profano.

 

Fontes: Carnaval, de Hiram Araújo e sites oficiais da Liesa - Liga Independente das Escolas de Samba, Prefeitura Municipal de Salvador, Estação Primeira de Mangueira e Mocidade Independente de Padre Miguel.

 

O USO DE DESFILES E FANTASIAS

 

O Carnaval moderno, feito de desfiles e fantasias, é produto da sociedade vitoriana do século XIX.

 A cidade de Paris foi o principal modelo exportador da festa carnavalesca para o mundo.

 

Cidades como Nice, Nova Orleans, Toronto e Rio de Janeiro se inspirariam no Carnaval parisiense para implantar suas novas festas carnavalescas.

Já o Rio de Janeiro criou e exportou o estilo de fazer carnaval com desfiles de escolas de samba para outras cidades do mundo, como São Paulo, Tóquio e Helsinque.

 

O MAIOR CARNAVAL DO MUNDO

 

O Carnaval do Rio de Janeiro está atualmente no Guinness Book como o maior Carnaval do mundo, com um número estimado de 2 milhões de pessoas, por dia, nos blocos de rua da cidade.3 Em 1995, o Guinness Book declarou o Galo da Madrugada, da cidade do Recife, como o maior bloco de carnaval do mundo.

 

                                   CARNAVAL DE VENEZA, ITÁLIA

 

O Carnaval da Antiguidade era marcado por grandes festas, onde se comia, bebia e participava de alegres celebrações e busca incessante dos prazeres.

O Carnaval prolongava-se por sete dias na ruas, praças e casas da Antiga Roma, de 17 a 23 de dezembro.

Todas as atividades e negócios eram suspensos neste período, os escravos ganhavam liberdade temporária para fazer o que em quisessem e as restrições morais eram relaxadas.

 As pessoas trocavam presentes, um rei era eleito por brincadeira e comandava o cortejo pelas ruas (Saturnalicius princeps) e as tradicionais fitas de lã que amarravam aos pés da estátua do deus Saturno eram retiradas, como se a cidade o convidasse para participar da folia.

 

CARNAVAL NO PERIODO DO RENASCIMENTO

No período do Renascimento as festas que aconteciam nos dias de carnaval incorporaram os bailes de máscaras, com suas ricas fantasias e os carros alegóricos.

Ao caráter de festa popular e desorganizada juntaram-se outros tipos de comemoração e progressivamente a festa foi tomando o formato atual.

 

INTERPRETAÇÕES PARA A ETIMOLOGIA DA PALAVRA CARNAVAL

1-Sobre a origem da palavra, não há unanimidade entre os estudiosos. Há quem defenda que a palavra Carnaval deriva de carne vale (adeus carne!) ou de carne levamen (supressão da carne).

Esta interpretação da origem etimológica da palavra leva-nos, indubitavelmente, para o início do período da Quaresma, uma pausa de 40 dias nos excessos cometidos durante o ano, excessos esses que incluem, segundo a religião católica, a alimentação.

 Assim, a Quaresma era, na sua origem, não apenas um período de reflexão espiritual como também uma época de privação de certos alimentos como a carne.

2-Outra interpretação para a etimologia da palavra é a de que esta derive de currus navalis, expressão anterior ao Cristianismo e que significa carro naval.

Esta interpretação baseia-se nas diversões próprias do começo da Primavera, com cortejos marítimos ou carros alegóricos em forma de barco, tanto na Grécia como em Roma e, posteriormente, entre os Teutões