61- O CARNAVAL NO BRASIL-ORIGENS-ATUALIDADE

O CARNAVAL NO BRASIL 

                   

                                                       "CARNAVAL" Tela da artista plástica Vanessa Agostine 

O MAIOR CARNAVAL DO MUNDO

O Carnaval do Rio de Janeiro está atualmente no Guinness Book como o maior Carnaval do mundo, com um número estimado de 2 milhões de pessoas, por dia, nos blocos de rua da cidade.3 Em 1995, o Guinness Book declarou o Galo da Madrugada, da cidade do Recife, como o maior bloco de carnaval do mundo.

 ORIGEM

O ENTRUDO

O carnaval brasileiro se origina no entrudo português e aqui chegou com as primeiras caravelas da colonizaçãoem 1641 no Rio de Janeiro. 

Recebeu também muitas influências das mascaradas italianas e somente no século XX é que recebeu elementos africanos, considerados fundamentais para seu desenvolvimento.

                                                                                ENTRUDO  

 

 Assim como em Portugal, era uma festa cheia de inconveniências da qual participavam tanto os escravos quanto as famílias brancas.

 

LANÇA-PERFUME- Após insistentes intervenções e advertências da Igreja Católica, os banhos de água suja foram sendo substituídos por limões de cheiro, esferas de cera com água perfumada ou água de rosas e bisnagas cheias de vinho, vinagre ou groselha.

Esses frascos deram origem ao lança-perfume, bisnaga ou vidro de éter perfumado de origem francesa.( primeiros anos do século XX). As batalhas de flores e os desfiles em carros alegóricos são de origem europeia.

 

FIGURAS MARCANTES DO CARNAVAL

 

REI MOMO-Uma das figuras mais marcantes da festa é a do Rei Momo, inspirada nos bufos, atores portugueses que costumavam representar comédias teatrais para divertir os nobres.

 

ZÉ PEREIRA-Há também o Zé Pereira, tocador de bumbo que apareceu em 1846 e revolucionou o carnaval carioca.

Tem origem portuguesa e, tendo sido esquecido no começo do século XX, deixou como sucessores os ritmistas que acompanhavam os blocos dos sujos tocando cuíca, pandeiro, reco-reco e outros instrumentos.

 

O PRIMEIRO BAILE

 

As máscaras e fantasias começaram a ser difundidas aqui ainda na primeira metade do século XIX. 

 

Mas o primeiríssimo baile de máscaras aconteceu em 22 de janeiro de 1840, no hotel Itália, no largo do Rocio, no mesmo local em que se ergueria depois o teatro e depois cinema São José, na praça Tiradentes, no Rio.

A entrada custava dois mil réis, com direito à ceia.

 

O carnaval dos salões veio para agradar a elite e a classe emergente do país, o povo ficava do lado de fora, nas festas de rua ao ar livre. E mesmo com o grande sucesso dos bailes de salão, foi na esfera popular que o carnaval adquiriu formas genuinamente autênticas e brasileiras.

 

AS MÚSICAS DE CARNAVAL

 

 inicialmente as brincadeiras eram acompanhadas pela Polca.

Depois o ritmo passou a ser ditado pelas quadrilhas, valsas, tangos, charleston e maxixe, sempre em versão instrumental.

Somente em 1880 as versões cantadas - entoadas por coros - invadiram os bailes.

 

A PRIMEIRA MÚSICA-

A primeira música feita exclusivamente para o carnaval foi uma marchinha, "Ó abre alas", composta para o cordão Rosa de Ouro pela maestrina Chiquinha Gonzaga em 1899.

 Depois foram substituídas pelo samba, que na década de 60 passou a ocupar definitivamente o lugar das velhas marchinhas populares de carnaval.

 

 

                                                         A EVOLUÇÃO DO CARNAVAL CARIÓCA

A PRIMEIRA SOCIEDADE CARNAVALESCA CARIOCA

 

 A primeira surgiu em 1855 e se chamava "Congresso das Sumidades Carnavalescas", tendo José de Alencar como um de seus fundadores.

Depois vieram a União Veneziana e muitas outras que eram uma verdadeira coqueluche durante o Império.

Uma das poucas que de fato se consolidaram foi a Democráticos.

 

ÇORDÕES E ESCOLAS DE SAMBA

 

Os Cordões, surgidos em 1885, originaram os blocos e posteriormente as escolas de samba.

Eram formados por negros, mulatos e pessoas humildes em geral, que saíam às ruas animando o povo ao som de instrumentos de percussão e músicas compostas especialmente para os desfiles comandados pelo apito do mestre que estava sempre à frente dos músicos.

Cada Cordão era identificado por um estandarte. É a primeira manifestação de carnaval bastante influenciada pela cultura e religião african

                                                                                                                                 RANCHO

 

A religião, desta vez a católica, também deu origem ao Rancho, semelhante aos Cordões, que inicialmente desfilavam no Dia de Reis, quando as pessoas se fantasiavam de pastores e pastoras e saíam em procissão, simulando um rumo à Belém..

  

 

 

 

 

 

O CORSO

Logo depois da inauguração da Av. Central surgiu o Corso, um desfile de caminhões e carros abertos, com ou sem decoração conduzindo famílias e grupos de foliões pelo centro da cidade. Era uma brincadeira animada entre as pessoas que estavam nos carros e as que acompanhavam a pé o cortejo, com direito à guerra de confete e serpentina.

 

BAILES

 

A realização do primeiro baile infantil foi em 1907. 

Em 1909 surgiu o primeiro concurso num baile de carnaval.

Somente os homens tinham direito à voto e os prêmios eram valiosas joias. Premiava-se a melhor fantasia, a mais bela mulher e a mais criativa dança.

 

Surgimento das Escolas de Samba

 

Foi no bairro do Estácio que surgiu o ritmo que iria dar um novo tom ao Carnaval e viria, em pouco tempo, a se consagrar como uma das marcas registradas da música brasileira, o samba.

Um dos mais famosos blocos de carnaval da época, o Deixa Falar.

 

O surdo foi criado por um dos bambas do Estácio, Alcebíades Barcelos, o Bide.

 

Foi Ismael Silva o primeiro a atribuir ao bloco a expressão "escola de samba", e devido ao prestígio que gozavam, os sambistas eram chamados de professores.

 

A PRIMEIRA ESCOLA DE SAMBA A DESFILAR 

                                                           DEIXA FALAR- 1929                    

                                     

       

A Deixa falar foi então, a primeira escola a desfilar, no carnaval de 1929, ano em que surgiu a Estação Primeira, que até os dias de hoje reivindica para si o pioneirismo entre as escolas de samba.

 

 

 

 

 

 

 

 

PRIMEIRA CONCURSO entre as escolas teve início em 1932, na Praça Onze, concurso promovido pelo jornal Mundo Sportivo, do jornalista Mário Filho. Devido à grande repercussão, o Jornal O Globo assumiu o concurso no ano seguinte. Somente em 1935 a Prefeitura do Rio tomou frente na organização do evento.

 

CARNAVAL DE SÃO PAULO

 

CARNAVAL EM RECIFE

 

O Galo da Madrugada é um Clube carnavalesco que sai todo sábado de carnaval do bairro de São José, um dos bairros do centro da cidade do Recife, capital estado de Pernambuco, nordeste do Brasil.

Foi oficialmente considerado pelo Guinness Book - o livro dos recordes - o maior bloco de carnaval do mundo em 1995.

Além do Recife, o Galo está presente em várias cidades do Brasil. Entretanto o Cordão do Bola Preta do Rio de Janeiro, ultrapassou esse recorde conseguindo reunir mais de 2,5 Milhões de foliões, ganhando o titulo informal de "maior bloco do mundo"1

Em 2011, o desfile do Clube de Máscaras Galo da Madrugada, no centro do Recife, arrastou mais de 1,7 milhão de foliões. A agremiação foi criada por Enéas Freire em 1978 e surgiu na rua Padre Floriano nº 43, no bairro de São José.

Em 2012, o bloco teria, segundo fontes da própria organização, levado cerca de 2 milhões de pessoas.2

Em 2013, seguindo a tendência dos anos anteriores, o número de foliões aumentou e o bloco reuniu cerca de 2,3 milhões de pessoas no centro do Recife.3 4 5

Em Recife e Olinda o carnaval é dominado pelos imensos bonecos embalados pelo frevo

Fonte: wikp

 

O CARNAVAL DA BAHIA- A INFLUÊNCIA AFRO 

O ano de 1884 é considerado um marco pelos baianos devido a organização apresentada pelas manifestações populares a partir deste ano.

 

OS AFOXÉS-

Afoxé, também chamado de Candomblé de rua, é um cortejo de rua que sai durante o carnaval.

Trata-se de uma manifestação afro-brasileira com raízes no povo iorubá, em que seus integrantes são vinculados a um terreiro de candomblé.

O termo afoxé provém da língua iorubá. É composto por três termos: a, prefixo nominal;

 FO, significa dizer, pronunciar;

XÉ, significa realizar-se.

Segundo Antonio Risério, afoxé quer dizer o enunciado que faz acontecer.

 

As principais características são as roupas, nas cores dos Orixás, as cantigas em língua Iorubá, instrumentos de percussão, atabaques, agogôs, afoxés e xequerês. O ritmo da dança na rua é o mesmo dos terreiros, bem como a melodia entoada. Os cantos são puxados em solo, por alguém de destaque no grupo, e são repetidos por todos, inclusive os instrumentistas. Antes da saída do grupo ocorre o ritual religioso (como a cerimônia do “padê de Exu” feita antes dos ritos aos orixás numa festa de terreiro).

 

Como tradição tem a função de limpar o sambódromo, abrir os trabalhos, trazer sorte e energia para as escolas de samba que desfilaram em seguida.

 

AFOXÉ NO BRASIL

No finalzinho do século XIX, por volta de 1894, 1895, surgiu o Afoxé, um tipo de grupo formado por negros que representavam casas de culto de herança africana e saíam às ruas cantando e recitando sequências de músicas e letras

Os afoxés exibiam-se na Baixa dos Sapateiros, Taboão, Barroquinha e Pelourinho, enquanto os grandes clubes desfilavam em áreas mais nobres.

O MAIS FAMOSO AFOXÉ- é o "Filhos de Gandhy", criado em 1949 - ano do IV centenário da cidade - pelos estivadores do Porto de Salvador. O nome é uma homenagem ao pacifista indiano Mahatma Gandhy, assassinado um ano antes.

 

 

AFOXÉ

 

COMO NASCEU O AFOXÉ

 

1885, um grupo de estivadores do cais do porto de Salvador que eram Ogans (Mestres, Senhores – homens que se destacam na sociedade yorubá = Ògá) de Terreiros de Candomblé, reuniu-se para decidir como poderia agradar aos orixás para quebrar “EWÒ” (proibições religiosas) para brincar o carnaval.

Este grupo resolveu então procurar um Bàbáláwo que informou que além de oferendas a Exu (mensageiro dos Orixás), Ifá determinara que este agrupamento de pessoas iria se chamar de “Afoxé” (que o futuro se cumpra), em alusão ao culto a Ifá.

E assim nasceu o primeiro Afoxé chamado “Embaixada da África”. Já no ano seguinte surgiu o Afoxé “Pândegos da África”.

Os Afoxés são blocos formados por adeptos e simpatizantes das Casas de Candomblé que saem para brincar o carnaval.

] Os integrantes dos Afoxés usam Abadás (camisolões compridos e folgados) ou roupas em estilo africano.

Por obedecer ao “xiré” (ordem dos cânticos e danças dos Orixás de Exu a Oxalá) os Afoxés são chamados de Candomblés de rua.

 O ritmo usado é o IJEXÁ  (um ritmo leve e compassado ligado a Oxum e a outros Orixás). O conjunto de percussionistas é chamado de “charanga”. Os Charangueiros tocam: o agogô, afoxé, xequerê e atabaque.

 

SEGURANÇA PARA BRINCAR O CARNAVAL:  

Tome banho de saião e branda-mundo da cabeça aos pés e ofereçam para Exu uma cebola aberta com 7 moedas numa encruzilhada.

 

PARA ARRUMAR UM BOM AMOR NO CARNAVAL:  Antes de sair para folia, faça um pó com um talco perfumado, aniz estrelado moído e noz moscada em pó. Passe um pouco deste pó pelo seu corpo.

 

PORQUE A ABERTURA DOS DESFILES É FEITA COM O AFOXÉ

 

O AFOXÉ E EXÚ

Antônio Risério diz, “antes de iniciar o desfile realiza-se, nos afoxés, uma cerimõnia religiosa: o padê, despacho de Exú, entidade mágica (...) Só depois do padê é que o afoxé se entrega aos cantos e danças iniciando sua perigrinação religiosa” (1981, p.56/7)

 

] Durante a preparação para saída do afoxé ocorre um ritual religioso em louvorao orixá Exu,tal qual nos terreirosde candomblés, chamado “Padê de Exu”.

Esse ritual é realizado, primeiramente,no salão, na sede do afoxé e só depois que os integrantes dançam e cantam para Exu em torno do padê, este pode ser levado à rua.

 A cerimôniaé realizada todos os dias antes do afoxé desfilar, corresponde ao ato de despachar Exu, ou seja, pedir licença, através de saudações, àquele que governa os caminhos, colocando-o na rua para não atrapalhar o bom desenrolar das atividades.

 Ao mesmo tempo utilizando essa divindade como guardiã e proteção do afoxé, evitando brigas ou quaisquer outros problemas. (...)

O padê geralmente é feito acrescentando uma garrafa de otim.

A complementação é feita assoprando a pemba nos cantos do salão e sobre as pessoas que constituem o afoxé.

 Em certos casos nos dias de carnaval, pólvora é queimada durante os momentos que constituem o padê.

 

 

Três instrumentos básicos fazem parte desta grande manifestação.

O afoxé (ou agbê), cabaça coberta por uma rede formada de sementes ou contas, é percutido agitando-se a rede, que fricciona no corpo da cabaça.

Os atabaques, basicamente de três tipos, com três tamanhos diferentes que em conjunto traduzem o som do ijexá, tocado no afoxé atualmente.

O agogô, formado por duas campânulas de metal, com sonoridades diferentes, é quem dita o ritmo aos demais instrumentos.

 

As melodias entoadas nos cortejos dos afoxés são praticamente as mesmas cantigas ou orôs entoados nos terreiros afro-brasileiros que seguem a linha jexá.

O Afoxé, longe de ser, como muita gente imagina apenas um bloco carnavalesco, tem profunda vinculação com as manifestações religiosas dos terreiros de candomblé.

Vem daí o fato de chamar-se o afoxé, muitas vezes, de "Candomblé de rua".

 

O ritmo é o  ijexá que se tornou popular, no Brasil, principalmente pela atuação do grupo baiano Filhos de Gandhi. Cantores renomados, como Gilberto Gil, Virgínia Rodrigues, Maria Bethânia e Caetano Veloso, também interpretam músicas no ritmo ijexá, contribuindo para a sua difusão.

 

AFOXÉ, FILHOS DE GANDHY.

(O MAIOR AFOXÉ DO MUNDO)

 

 

                                       

                                                                                                                                                                       Embora tenha se inspirado numa filosofia indiana (a paz e não violência), o afoxé incorporou elementos tradicionais da religiosidade africana e elementos da cultura indiana, inclusive, a personificação do líder indiano.(Gandi)

Com os integrantes vestidos de branco com detalhes em azul, turbante e muitos colares, o afoxé faz reverência a Oxalá e Ogum.

 Antes de sair às ruas despacha o Padê, oferenda ao senhor dos caminhos, o orixá Exu, pedindo proteção durante o carnaval.

Outros elementos fazem parte desse contexto carnavalesco e religioso, como a alfazema usada pelos participantes em homenagem a Oxum,a deusa das águas e, também, a pomba representando a paz.

O camelo que representa a força e a resistência, e por fim, o elefante, animal considerado sagrado na Índia, dão ao Afoxé Filhos de Gandhy um caráter pluriétnico na sua apresentação.

O elemento estético torna-se portador de qualidade e quantidade de axé, constituído de forma, textura e cores que simbolizam aspectos da visão de mundo característica da tradição, realizando desse modo a comunicação através de códigos que dão a dinâmica ritual.

 

SIGNIFICADO DAS CORES :

Branco porque nós cultuamos muito Oxalá

 Branco e azul é do oxalá guerreiro da guerra e da paz( OXAGUIÃ), o branco de Oxalá e o azul de Ogum.

O TURBANTE:

Para os Filhos de Gandhy a cabeça é uma coisa sagrada, ninguém pode colocar a mão em minha cabeça, o símbolo maior é o turbante.

O  RITUAL:

O afoxé ele faz uma elevação aos orixás.

Nós cantamos para o homem da rua, que seria o Exu.

 Ao deus maior que é o Oxalá.

Para nós iniciarmos o trabalho fazemos o padê, uma oferenda a Exu para abrir os caminhos.  Fazemos farofa branca e vermelha.

O acaçá e a água é uma oferenda que damos a Exu pedindo pra abrir nossos caminhos, para que o carnaval, a festa que nós vamos fazer corra as mil maravilhas.

 

O ESTANDARTE

O estandarte é o símbolo de uma entidade carnavalesca como se fosse uma bandeira.

Nós temos o camelo, o elefante e a pomba.

O camelo representa a força, a resistência.

O elefante é a energia positiva.

A pomba branca, a paz.

Nós tínhamos a vaca considerada sagrada.

 A cabra, que também é sagrada para eles lá na Índia.

 

SINCRETISMO

No sincretismo no candomblé nós reverenciamos a Oxum.

]Oxum é a rainha da beleza, do ouro, das águas doces, da força.

Como Yemanjá, também é vaidosa. Usamos o perfume de alfazema,

O colar é o amuleto da sorte é o guia, tem muitas pessoas que usa pra ter sorte.

Quando terminamosnós fazemos Saudação a Oxalá.

As músicas:

O afoxé em si os cânticos é em ioruba, o dialeto dos orixás é oriundo da África.

Primeiro nós cantamos para o homem da rua (Exú), depois pra Ogum, ai vem Oxossi, Iansã, o último é Oxalá que é o deus maior.

É um xirê que significa em ioruba uma coletânea, uma seleção de música.

No terreiro de candomblé é diferente, lá se chegar um Oxalá incorporado em uma pessoa eles cantam para o Oxalá.

O ijexá a música lenta o ritmo se enquadrou na caminhada da

paz, da filosofia dos Filhos de Gandhy.

Relação afoxé candomblé:

O afoxé é oriundo da África, o ritmo afoxé é o candomblé de rua.

 

JAIME SODRÉ

DOUTOR EM HISTÓRIA

 

ETIMOLOGIA:

Bom, vamos começar pela palavra do produto, pela palavra afoxé.

 Nós temos várias versões sobre esse termo. Uma das versões que eu sei é que esse termo significa um instrumento musical, que mais tarde foi chamado também de xequerê.

Por outro lado, dentro das conversas no campo das religiosidades baianas, nos terreiros de candomblé, nós sabemos que ai “tão” incorporadas  duas palavras importantes: a FORÇA E O AXÈ. 

Então, o afoxé na verdade, ele vai pra rua levando a força do candomblé no espaço de rua.

 Mas, enganam-se aqueles que dizem que o afoxé é um candomblé de rua.

 Não existe candomblé de rua, existe candomblé situado num determinado espaço territorial e existe o afoxé que vai pra rua lembrar que, se a proposta do candomblé é você vivê-lo aqui e agora é no espaço da alegria do carnaval que o afoxé, ou seja, a força do axé, que é à força da vida e da alegria vai pra rua.

Então, do ponto de vista etimológico, a palavra tem uma origem yoruba, mas no ponto de vista da interpretação toda oportunidade que você vir no afoxé, você vai verificar que ele é um sinônimo de  FORÇA, DE ALEGRIA E DE PODER .

 

A maior inovação do Carnaval da Bahia, foi o Trio Elétrico de Dodô e Osmar, que surgiu em 1950 e representa a consagração do carnaval de rua.

A primeira apresentação foi feita em cima de um Ford 1929, com guitarras elétricas e som amplificado por auto-falantes, às cinco da tarde do Domingo de carnaval

 

Nos anos 70 surgiram os Novos Baianos e o bloco afro Ilê Aiyê, além do renascimento do Filhos de Gandhy.

Na década de 80, grupos como Camaleão, Eva e Olodum escreveram seus nomes na história da festa mais popular da Bahia.