OMOLOÚ/ OBALUAÊ-
SINCRETISMO:
SÃO LÁZARO (Omolú velho) - SÃO ROQUE (Omolú jovem)
Obaluaê na Umbanda é um dos sete orixás maiores.
OMOLÚ/OBALUAÊ NA UMBANDA
Obaluaê, sincretizado como São Roque e São Lázaro, é o orixá da medicina, da
cura, da transformação.
É o orixá jovem, que corresponde ao velho Omulu, orixá da varíola, das doenças.
São dois orixás em um. Obaluaê é muito cultuado e incompreendido ao mesmo tempo dentro dos terreiros de Umbanda.
Como também é o senhor das doenças, alguns terreiros procuram o não desenvolvimento do filho-de-santo que possui como orixá de cabeça, orixá regente, este orixá.
Omulu, ainda, é o '’chefe” de todos os pretos-velhos, e, por isso, um orixá de extrema força e valor dentro da Umbanda.
No candomblé, Obaluaê, como todo orixá, é tratado como um deus.
Na Umbanda, ele é uma manifestação de Deus, já que a Umbanda é monoteísta.
No candomblé há uma lenda que Ôbaluaê, filho de Nanã, nasceu doente com o corpo coberto de chagas, e por isso Nanã o abandonou na beira da praia para que o mar o levasse.
NANÃ ABANDONA OMOLÚ YEMAJÁ CUIDA DE OMOLÚ
Iemanjá o achou e o escondeu em uma gruta na praia, cuidou de suas chagas e o cobriu com palha para que suas cicatrizes não fossem vistas.
Um dia, próximo à praia acontecia uma festa em que todos os orixás dançavam em volta de uma fogueira. Iansã o viu observando de longe, veio até ele, levantou a palha de seu rosto e com sua ventarola provocou um vento tão forte que as feridas de Obaluaê saíram do corpo dele se transformando em pipoca.
A saudação de Obaluaê é: Atotô, Obaluaê! Seu dia da semana é a segunda-feira, dia, também, dos pretos-velhos.
A vela utilizada para este orixá é a preta e branca.
Seu campo de força é a calunga pequena, ou seja, o cemitério, onde todo Umbandista deve pedir permissão ao senhor Obaluaê/Omulu para entrar e sair.
OMULU / OBALUAÊ
Orixá da transformação, agente cármico a que todos os seres vivos estão subordinados, rege a "reconstrução de corpos" nos quais os espíritos irão reencarnar, pois todos nós temos o corpo físico de acordo com nossa necessidade de reajustamento evolutivo.
Assim, todas as doenças físicas às quais estamos sujeitos são necessárias ao fortalecimento de nossos espíritos.
Omulu não causa doença; ao contrário, ele a leva embora, a "devolve" para a terra.
O QUE REPRESENTA
Corresponde à nossa necessidade de compreensão do carma, da regeneração, da evolução, de transformações e transmutações existenciais.
Representa o desconhecido e a morte, a terra para onde voltam todos os corpos, e que não guarda apenas os componentes vitais, mas também o segredo do ciclo de nascimento e desencarne.
ORIXÁ DA MISERICORDIA
É o orixá da misericórdia; está presente nos leitos dos hospitais e nos ambulatórios, e a sua invocação, nos momentos dolorosos das enfermidades, pode significar a cura, o alívio e a recuperação da saúde, de acordo com o merecimento e em conformidade com a Lei Divina, recorre-se a ele, invocando-o para resolver problemas de saúde.
Omulu conhece a dor da transformação, o desapego e a libertação do ego, para que haja compreensão do espírito imortal e livre, porque o espírito sopra aonde quer. A morte, não só no aspecto físico, mas a morte de crenças e valores arraigados que não servem mais e que acabam por enrijecer e estagnar a caminhada por medo de mudar, de conhecer a si mesmo.
CARACTERISTICAS DOS FILHOS DE OMOLÚ/OBALUAÊ
Uma das características mais marcantes dos filhos de Omolú/Obaluaiê é que seus eles parecem ter mais idade do que realmente têm por conta da entidade ser mais velha e agem como se tivessem uma idade bastante avançada.
Os filhos de Omolú/Obaluaiê são doces, mas reclamões, rabugentos, um tanto mal-humorados.
Quando querem, fazem e ajudam a todos sem exceção.
Os filhos deste orixá sofrem com muitos problemas de saúde que se arrastam por anos, geralmente desde criança ou desde o nascimento. São fiéis, dedicados e amigos de verdade.
Podem ter premonições e seus filhos tem um pensamento de pessoas maduras, o que os ajuda a não agirem como crianças, ou serem irresponsáveis.
Gostam da ordem e disciplina.
Os filhos de Omulu podem ser fechados, amuados, sem jeito no trato social e apagados na conquista amorosa, tendendo ao pessimismo, com idéias auto-destrutivas que os prejudicam no dia-a-dia.
São um tanto solitários e melancólicos, podendo ser amargos com as pessoas.
Por outro lado, para auxiliar alguém doente, são determinados, resistentes capazes de enormes esforços.
Podem reprimir suas ambições pessoais, adotando uma vida de humildade, de pobreza voluntária e até de certa flagelação psíquica.
São lentos, todavia de grande perseverança, sendo firmes como uma pedra quando querem algo.
Assim, perdem a espontaneidade e a flexibilidade para se adaptarem aos imprevistos do caminho, tornando-se rígidos e resistentes às mudanças.
Quando ofendidos, podem se tornar cruéis e impiedosos.
São protegidos contra qualquer tipo de magia.
ASPECTOS POSITIVOS
Os filhos de Omulu chegam a ser "esquisitos", com seu temperamento controlado, saindo-se bem nos estudos e nas pesquisas, principalmente na medicina.
São capazes de se anular para proporcionar bem-estar a terceiros, fazendo disso sua maior motivação na vida.
São amigos dedicados, exímios curadores, altruístas, e têm uma sensibilidade mediúnica apurada que pode ajudar a entender as dores.
Estão presentes em nossa vida, prestando-nos auxílio quando sentimos dores, agonia, aflição e ansiedade.
ASPECTOS NEGATIVOS
Esquisitice, vaidade exagerada, maldade, morbidez, indolência e mau-humor.
São desconfiados e rígidos, depressivos, melancólicos e ciumentos. Às vezes magoam, por insistir em só enxergar os defeitos alheios.
Podem apresentar uma lentidão nas reações motoras e mentais, dificuldade na fala, retenção de líquidos e doenças de pele.
Insatisfação é a principal característica dos filhos deste Orixá. Mesmo que sua vida corra na mais perfeita tranquilidade, eles nunca estão satisfeitos.
Podem atingir o ponto mais alto da sua profissão, porém podem deixar ir por água abaixo tudo o que foi planejado durante anos.
Nos relacionamentos pessoais, são difíceis de se lidar e procuram ter uma vida independente dos outros.
METAL -CHUMBO SIGNO-ESCORPIÃO PLANETA-SATURNO FLOR- ANGÉLICA
SIGNO
Escorpião (regência de Plutão) -libertação do velho para que o novo se estabeleça.
PLANETA
Saturno- influencia na saúde (pele, ossos, dentes e cabelos, e tudo o que é limite docorpo físico) e na conscientização do resgate do carma individual, trabalhando o perdão para pequenos libertemos dos impasses pretéritos.
Plutão Impulso regenerador, transformação, purificação, cura profunda e intensa.
ERVAS
Barba Pau, canela de velho,cedro ou cedrinho.
CHACKRA :Básico.
BANHO DE PROTEÇÃO PARA OS FILHOS DE OMULU / OBALUAÊ
Lua : Crescente
Dia: Segunda- feira
Horário : Noturno
Ervas: guiné, saco-saco, cordão de frade, vassourinha de relógio, rosas brancas, flores de Angélica, palmas de São José, Palmas de Santa Catarina.
As ervas deverão ser colocadas em 3 litros de água, deixar em infusão e banhar-se da cabeça pra baixo.
ORAÇÃO A OMULU- OBALUAÊ
“Omulu...Obaluaê
Filho de Nanã Buruquê
O traje de palha da costa
Não deixa advinhar teu corpo ou imagem,
Ajudando-te a esconder debaixo dele.
As feridas e males psico-espirituais.
Que todos os que têm fé em ti
Sejam curados de todas as dores e males
Atotõ afasta de mim
Dos meus queridos amigos e familiares
Todas as doenças
Peço que removas os espinhos
Que me fariam sangrar e que
Retires de mim as dores
Que possam me perturbar"
OMOLÚ NO CANDOMBLÉ
Omolu também conhecido como Obaluaiê velho é um orixa que oferece aos seus filhos poderes de decisão para enfrentar os momentos mais difíceis, além de possuir interesse forte pelo misticismo e tudo o que é oculto.
Em algumas tribos africanas, Omolu é conhecido como o Obaluaiê velho, mas também como o deus da doença, muito temido nos cultos.
Ele é considerado o médico dos pobres e atende as pestes em geral.
Segundo sua historia, ele teria sido criado por Iemanja numa gruta, pois sua mãe Nanã o havia abandonado por ter muitas feridas pelo corpo.
Omolu é conhecido ainda como rei das terras santas e dos cemitérios.
DIA DA SEMANA:
Segunda-feira
SAUDAÇÃO:
Atotô, meu pai, Atotô!
CORES:
Branco, preto e vermelho
SÍMBOLO:XAXARÁ OU ÍLEO, LANÇA DE MADEIRA ALIMENTO PRINCIPAL- PIPOCA
Omolú/Obaluaiê é o senhor das doenças, é o orixá da renovação dos espíritos, senhor dos mortos e regentes dos cemitérios; considerado o campo santo entre o mundo material e o mundo espiritual.
O orixá é conhecido como Obaluaiê no Candomblé, como Obaluaê na Umbanda, como Xapanã no Batuque.
Xapanã é um nome proibido tanto no Candomblé como na Umbanda, não devendo ser mencionado pois pode atrair a doença inesperadamente.
Omolú/Obaluaiê é filho de Nanã, irmão de Oxumarê e sua figura é cercada de mistérios.
A Ele é atribuído o controle sobre todas as doenças, especialmente as epidêmicas.
O poderoso orixá tem tanto o poder de causar a doença como pode possibilitar a cura do mesmo mal que criou.
EMBLEMA DE OMOLÚ/OBALUAÊ
Tem como emblema o Xaxará (Sàsàrà), espécie de cetro de mão, feito de nervuras da palha do dendezeiro, enfeitado com búzios e contas, em que ele capta das casas e das pessoas as energias negativas, bem como “varre” as doenças, impurezas e males sobrenaturais.
Esta representação nos mostra sua ligação a terra.
VESTIMENTA
A vestimenta de Omolú/Obaluaiê é feita de ìko, é uma fibra de ráfia extraída do Igí-Ògòrò, a palha da costa.
É elemento de grande significado ritualístico, principalmente em ritos ligados a morte e o sobrenatural, sua presença indica que algo deve ficar oculto.
É composta de duas partes o “Filá” e o “Azé“, a primeira parte, a de cima que cobre a cabeça é uma espécie de capuz trançado de palha-da-costa, acrescido de palhas em toda sua volta, que passam da cintura
O Azé , seu asó-ìko (roupa de palha) é uma saia de palha da costa que vai até os pés em alguns casos, em outros, acima dos joelhos.
Por baixo desta saia vai um Xokotô, espécie de calça, também chamado “cauçulú“, em que oculta o mistério da morte e do renascimento.
Nesta vestimenta acompanha algumas cabaças penduradas, onde supostamente carrega seus remédios.
Ao vestir-se com ìko e cauris, revela sua importância e ligação com a morte.
FESTAS DE OMOLÚ/OBALUAÊ
OLUBAJÉ- 16 DE AGOSTO
Omulú dança o opanijé em sua festa anual em 16 de Agosto
O Olubajé é a festa anual em homenagem a Obaluaiê, onde as comidas são servidas na folha de mamona. Rememorando um itan (mito) onde todos os orixás para se acertarem com Obaluaiê, por motivos de ter sido chacoteado numa festividade feita por Xangô por sua maneira de dançar.
Nessa festividade, todos os orixás participam, com exceção de Xangô e principalmente Ossaim, Oxumarê, Nanã, que são de sua família.
Iansã tem papel importante por ser ela que ajuda no ritual de limpeza e trazer para o barracão de festas a esteira, sobre a qual serão colocadas as comidas.
Ritual especifico para o orixá Obaluaiê, indispensável nos terreiros de candomblé, no sentido de prolongar a vida e trazer saúde a todos os filhos e participantes do axé.
No encerramento deste rito é oferecido no mínimo nove iguarias da culinária afro-brasileira chamada de comida ritual pertinente a vários orixás, simbolizando a Vida, sobre uma folha chamada “Ewe Ilará” conhecida popularmente como mamona , altamente venenosa simbolizando a Morte (iku).
OPANIJÉ
Opanijé, no candomblé é um toque sagrado, entoado para o orixá Obaluaiê, Omolu geralmente tocado para a divisão da comida ritual chamada Olubajé.
Todos em silencio recebem sua porção, e os crentes aproveitam este momento para pedir saúde e longevidade.
O orixa dança numa representação simbólica, mostrando sua ligação com os mortos (Ikú) e o seu domínio sobre a terra.
ORIGEM DA PALAVRA OPANIJÉ
A origem da palavra “opanijé”é da língua yorubá, onde significa “aceitar comer” (opa – aceita), (nijé – comer).
Sua dança o orixá dança curvado para frente, como que atormentado por dores, e imitam seu sofrimento, coceiras e tremores de febre.
QUALIDADES DE MOLÚ/OBALUAÊ
1.Afoman /Akavan: Tem ligação com Exú.
2.Arinwarun (ou wariwaru): É um título de xapanan.
3.Azonsu / Ajansu / Ajunsu: Tem fundamentos com Òşàlà, Òşùmàrè e Ògún. É extrovertido. É ligado ao tempo, as estações do ano e ao culto da terra. É o verdadeiro dono do cuscuzeiro. Veste de vermelho, preto e branco, na perna esquerda leva uma pulseira de aço.
4.Azoani: É jovem, veste preto e branco. Tem caminhos com Iroko, Òşùmàrè, Yèmọnja e Ọya.
5.Arawe / Arapaná: Tem fundamento com Ọya.
6.Ajoji / Ajagun: Tem fundamentos com Ògún e Oşoguian.
7.Avimaje / Ajiuziun: Tem fundamento com Nana e Ọ̀sónyìn.
8.Ahosuji / Segí: Tem ligação com Yèmọnja e Òşùmàrè / Besén.
9.Afenan: É velho, dança curvado, veste a estopa e carrega duas bolsas de onde tira as doenças. Veste de amarelo e preto. Todas as plantas trepadeiras pertencem-lhe. Tem caminhos com Òşùmàrè e Ọya, de quem é companheiro, dança cavando a terra com Intoto para depositar os corpos que lhe pertencem.
10.Intoto: Suas contas são vermelho e preto. É um Òrìsá cultuado em seu assentamento e não vira na cabeça de ninguém, pois não tem como cultua-lo.
11.Posun/Posuru: É o mesmo Azunsun do Gege, louvado como Possun no ketu e na Angola, tanto é Iroko como Tempo. Come diretamente da terra. Sua dança mostra claramente sua ligação discreta com Èşù e com a terra, dança com garras na mão. Tem caminhos com Intoto, Iroko e Ọya.
12.Savalu / Sapekó: Tem forte fundamento com Nanã.
13.Tetu / Etetu: É jovem e guerreiro. Come com Ògún e Ọya. Veste de branco, preto e vermelho.
SINCRETISMO
Dia de Omolú/Obaluaiê é dia 16 de Agosto
Omolú/Obaluaiê é comemorado em 16 de Agosto devido ao sincretismo com São Roque
É sincretizado como São Roque na forma de Obaluaiê, o jovem. Na forma mais velha de Omulú, é sincretizado como São Lázaro.
Omulú é sincretizado com São Roque, que é um santo da Igreja Católica, protetor contra a peste e padroeiro dos inválidos e cirurgiões.
A sua popularidade, devido à intercessão contra a peste, é grande sendo protetor de múltiplas comunidades em todo o mundo católico e padroeiro de diversas profissões ligadas à medicina, ao tratamento de animais e dos seus produtos e aos cães.
A festa em homenagem a Omolú/Obaluaiê é celebrada em 16 de Agosto.
SAUDAÇÃO
Saudação de Omolu/Obaluaiê é ATOTÔ!
OFERENDA PRINCIPAL
Os devotos de Omolú/Obaluaiê lhe atribuem curas milagrosas, realizando oferendas de pipocas, o deburu ou doburu, em sua homenagem ou jogando-as sobre o doente como descarrego.
Doburu é a comida ritual mais apreciada pelos orixás Obaluaiêe Omolú.
É o milho de pipoca estourado em uma panela, em alguns lugares com óleo, em outros com areia.
Nesse último caso, é preciso peneirar a areia dessa pipoca depois de pronta
Ao final, a pipoca é colocada em um alguidar (vasilha de barro) e enfeitada com pedacinhos de côco.
LENDA DE OMOLÚ/OBALUAE
Essa lenda é sobre uma grande festa, que reunia uma lista de ilustres convidados - Oxum, Iemanjá, Oxalá, Xangô, Oxossi, Ossaim, Obá, Logunedé, Iansã, Nanã, Ogum e Oxumaré. Todos os orixás estavam lá. Na verdade, quase todos, porque faltava o Omolu.
Omolu ficou do lado de fora com vergonha das marcas que a varíola lhe deixara no rosto.
Ao saber disso, Ogum correu até a floresta e teceu uma roupa de palha, o ofilá, para que o irmão participasse da festa.
Omolu entrou, mas ninguém quis dançar com ele.
Mesmo cobertas, suas feridas causavam repulsa nos orixás.
A corajosa Iansã foi a única que o chamou para uma dança.
E como Iansã é a orixá dos ventos, sem querer, mandou a roupa de Omolu pelos ares!
Qual não foi a surpresa quando, livre do ofilá, surgiu um homem lindo, sem defeito algum.
Ao ver a beleza de Omolu, os orixás femininos suspiraram e os masculinos se morderam de inveja.
Omolu ofereceu à Iansã uma recompensa, mas, a partir daquele dia, passou a dançar sempre sozinho nas festividades.
Fontes:Raizez espirituais
Livro Umbanda pé no chão
LENDA DE OMOLÚ E OXUM
Certa vez Omolu se aborreceu, se aborreceu e aí sumiu. Ninguém achava Omolu.
Todos procuravam ele e não achavam. Foram pedir para Nanã procurar ele, ninguém achou Omolu.
E Oxum era muito feiticeira. O feitiço dela era na comida. Ela aí fez uma comida muito gostosa, muito cheirosa, botou num balaio e cobriu e saiu andando pelo mundo afora... aquele cheiro!
Aí Omolu não agüentou, que já estava com muita fome, há dias que ele estava com fome. Aí ele disse: "- Oxum! Oxum!". Aí Oxum ficou procurando. "- Oxum!" Ela olhou e ele estava dentro de um buraco. "Você me dá um pouco de sua comida, Oxum?!"
Ela disse: "- Omolu! Não, sai, eu lhe dou comida. Eu lhe dou, mas você sai aí desse buraco. " Aí ele disse: "— Não saio não " "- Sai Omolu. Sai que eu lhe dou a comida ". Ele saiu, aí ela entregou a comida.
Quando entregou, aí ela agarrou ele, e gritou pelo povo: "- Ah! Omolu, achei Omolu ". Aí tirou essa cantiga:
Yèyé so lu ba je iso lu ba je Yèyé so lu ba je iso lu ba je
Aí que Oxum ficou muito amiga de Omolu, muito amiga de Omolu.