MEDIUNIDADE, MÉDIUNS NA UMBANDA E KARDECISMO- OBSESSORES, EGUNS, KIUMBAS. COMO SABER SE A PESSOA
É VÍTIMA DE ESPÍRITOS OBSESSORES... A MEDIÚNIDADE ATRAVEZ DOS TEMPOS.
MEDIUNIDADE- O QUE É SER MÉDIUM
Segundo Allan Kardec, o codificador da doutrina espírita, a mediunidade é a faculdade que nos capacita sentir em maior ou menor grau a influência dos espíritos. “Todo aquele que sente num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium”.
“Ou seja, a mediunidade é a capacidade de sentir em maior ou menor grau a influência dos espíritos. Assim sendo, se uma pessoa sente com seus sentidos físicos ou metafísicos a realidade espiritual, esta pessoa é um médium.
“Essa faculdade é inerente ao homem. Por isso mesmo não constitui privilégio e são raras as pessoas que não a possuem pelo menos em estado rudimentar. “Assim, podemos concluir que todos os seres humanos são médiuns e a única coisa que varia neste ponto é o grau de mediunidade ou sensibilidade de cada pessoa para com a realidade espiritual, além das formas como a mediunidade se manifesta.
Apesar da mediunidade ser uma faculdade extremamente benéfica, muitas pessoas tem uma mediunidade pouco perceptível e também não desejam desenvolvê-la. Assim, para essas pessoas pode não ser interessante desenvolver a mediunidade, já que não se interessam pelo assunto e não sofrem com os sintomas da mediunidade aflorada ou reprimida.
Mas, existem pessoas que não têm muita escolha nesse sentido. Afinal são portadores de um grau de sensibilidade espiritual muito elevado, exigindo que o médium procure desenvolver suas capacidades se não quiser sofrer com as terríveis consequências da mediunidade desequilibrada.
Desenvolver a mediunidade é um ato que pode trazer muitos benefícios para a humanidade, pois a mediunidade permite que as pessoas abram os olhos para a realidade espiritual que as cerca, motivando uma saída do ceticismo e instigando uma melhora em sua sintonia espiritual.
Porém, o maior benefício do desenvolvimento mediúnico é para o PRÓPRIO MÉDIUM, que passa a ter em mãos uma ferramenta equilibrada, potente e eficaz para alavancar sua evolução espiritual na atual encarnação.
Então, se por um lado o ato de trabalhar a mediunidade tem um impacto positivo no mundo, ele tem um impacto ainda maior para o médium. Além disso, quando o médium desenvolve sua mediunidade, ele para de sofrer por causa da ignorância que possui com relação a si mesmo e ao mundo espiritual que o cerca. Dessa forma, o médium deixa de sofrer com as terríveis consequências que aguarda o médium que não desenvolve suas capacidades mediúnicas.
Afinal, quais as consequências para o médium que não desenvolve sua faculdade mediúnica? As consequências que aguardam o médium que não desenvolve sua mediunidade estão intimamente relacionadas com o sofrimento proporcionado pela ignorância da pessoa para com o plano espiritual.
Um médium que não se desenvolve espiritualmente sofre com sua própria capacidade mediúnica, sendo presa fácil nas mãos de espíritos obsessores e demais criaturas densas do baixo astral que o utilizam como portal espiritual para manifestar suas vicissitudes.
Além disso, se o médium é de incorporação, por exemplo, pode sofrer com incorporações de entidades densas em momentos de grande inconveniência, não sabendo como controlar nem refrear sua incorporação. Se é um médium vidente, pode sofrer com visões terríveis a todo o momento.
Se é clariaudiente, sofre com vozes que o atormentam o tempo todo.
Se é sensitivo, pode sofrer com dores, mudanças de humor e uma grande infinidade de sensações complexas.
Além disso, ainda existe o risco da mediunidade reprimida se tornar o estopim para algumas doenças como depressão, ansiedade e muito mais.
Ainda, casos de obsessão e fascinação são muito comuns em médiuns que não desenvolvem sua mediunidade e que não trabalham em seu fortalecimento espiritual.
O QUE É UM ESPÍRITO OBSESSOR.
A obsessão espiritual é mais comum do que se pensa e acontece quando o espírito desencarnado se liga fluidicamente a aura da pessoa, alterando seu estado energético, influenciando negativamente em seu ser. Cria-se uma conexão entre obsediado e obsessor. O obsediado passa a pensar, sentir e agir sob o domínio obsessivo.
SINTOMAS DE QUANDO O MÉDIUM ESTÁ SOB A INFLUÊNCIA DE ESPIRITO OBSESSOR
Alguns dos sintomas são:
Nervosismo.
Dificuldade para dormir
Dores de cabeça que vêm e vão.
Dores no corpo.
Ver vultos
Vícios.
*O que vem a mente quando falamos de vícios é sempre drogas ou alcoolismo, mas existem alguns que chegam a ser tão nocivos quanto estes como: Reclamações e vitimísmo exagerados, compulsão por comida, compulsão exagerada por limpeza, sexo, fofocas e maledicência, tristeza e ódio, remoer o passado como se não existisse futuro, medo, hipocondria, e gostar de provocações e brigas.
*(Um espíritos obsessor adora uma briga. Ele manipula a pessoa para que ela brigue, discuta, ofenda , rompa relações com família e até com o próprio cônjuge.)
A tristeza e o vitimísmo.
São comportamentos viciantes e nesses casos o viciado não percebe que é uma pessoa negativa.
A culpa pelos problemas e pela sua tristeza é de qualquer um ou qualquer circunstância, menos Da pessoa.
A pessoa começa a ficar paranoica, acha que ninguém gosta dela, falam mal pelas suas costas, obsessores gostam de causar isso em suas vítimas.
NÃO DESENVOLVER A MEDIÚNIDADE
Médium que não desenvolve a mediunidade prejudica a si próprio Por isso, podemos ver que a necessidade do médium desenvolver a mediunidade não está necessariamente ligada à missão e nem mesmo com o serviço para a humanidade, mas antes de tudo, está ligada ao próprio bem-estar do médium.
Pois o médium que não desenvolve sua mediunidade jamais saberá dominar essa faculdade. E quando o médium não domina sua mediunidade, a mediunidade e os espíritos densos é que acabam dominando o médium, causando uma grande quantidade de sofrimento.
Por isso, se você é médium e não quer ser vítima da própria ignorância para consigo mesmo e nem quer sofrer com a ação dos espíritos obsessores, desenvolva sua mediunidade como um ato de amor a si próprio e à humanidade.
De maneira alguma uma mediunidade pode ser considerada melhor do que outra. Cada um deve exercer sua prática de acordo com sua faculdade mediúnica e a ligação vibracional que tem com sua religião
O MÉDIUM DA UMBANDA
O médium que costuma se manifestar dentro da religião umbandista, possui uma estrutura espiritual específica que permite que espíritos dessa egrégora espiritual se manifestem. Por exemplo: um médium de terreiro tem o campo magnético e vibracional capaz de incorporar uma entidade como um Caboclo, e em seguida, incorporar Exu, pois está preparado para aquela energia espiritual.
.TRABALHOS NO TERREIRO DE UMBANDA.
A mediunidade é o pilar que suporta todos os trabalhos no terreiro de Umbanda.
É um processo onde espíritos de luz, chamados de guias, utilizam de pessoas encarnadas (médiuns) como interlocutores para cumprir uma missão de caridade na terra.
A mediunidade na Umbanda é uma oportunidade de trabalho para evolução pessoal e resgate cármico do médium. Ninguém é médium para “pagar o que fez” em uma encarnação passada. É médium porque se propôs a colaborar com o trabalho divino no presente, em busca de um futuro melhor para todos.
O MEDO
“O medo é parte integrante da mediunidade”. O medo é útil, pois dá ao médium a oportunidade de protege-se . Mas torna-se é ruim quando enfraquece a confiança em si (INCORPORAÇÃO) e reduz sua sintonia com seus guias de luz. Não tentar é preciso eliminar o medo, pois assim ele ficara mais forte. O que é preciso é
fortalecer a a fé e amadurecer o espirito e o medo desaparecera gradativa mente , naturalmente
QUEM É MÉDIUM?
Médiuns todos são, embora alguns em grau mais suave. Mas ninguém pode se “candidatar” a médium de terreiro em algum momento da vida.
Estas pessoas são escolhidas como instrumentos de trabalho antes de seu nascimento, sua encarnação nesta terra. Passam a ser cuidados e protegidos por seus guias até o momento de iniciar seu trabalho. Contudo, qualquer pessoa pode trabalhar na religião, desde que suas intenções sejam boas e sinceras. Há muitas outras tarefas na religião além do trabalho mediúnico, como: cambonos, ogãs, recepcionistas, palestrantes etc.
COMO PODEM SER CHAMADOS OS MÉDIUNS DE TERREIRO
“CAVALOS” Esta é, na verdade, uma referência carinhosa dos guias para com seus protegidos.
O cavalo é um elemento importante ao povo do interior. É um amigo fiel e instrumento vital ao sertanejo em todos os seus trabalhos. O “cavalo”, na Umbanda é um instrumento vivo, (MÉDIUM) um amigo que leva o sertanejo de forma rápida e segura e o permite alcançar terrenos onde seu condutor sozinho ( O ESPÍRITO) não poderia chegar. O bom médium representa a mesma coisa para seus guias de luz. Os médiuns também são chamados por outros nomes. Os mais comuns são: aparelho, matéria, burro entre outros.
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O QUE ACONTECE NA MEDIUNIDADE.
A mediunidade é a abertura dos canais energéticos do corpo astral para o contato com a espiritualidade. Se houver afinidade com seres de luz, (bondade, amor, caridade, etc.) isso é extremamente benéfico para o médium.
Caso isso não aconteça, (sentimentos de raiva, desamor, egoísmo etc.) ele pode ser usado também por espíritos negativos e se transforma em um instrumento da sombra.
Por isso, o médium deve ter cuidado com a sua índole para não ser prisioneiro de espíritos zombeteiros, ou trevosos.
O MÉDIUM BEM CUIDADO
Cada casa possui seus próprios métodos: banhos, estudo, conduta moral, trabalhos e mirongas. Mas todos eles se resumem em uma única vertente:
Um médium bem cuidado é aquele que preserva sua ligação com as falanges de luz.
“CARREGOS”
“Carregos” é o nome geralmente dados a energias nocivas que as pessoas “carregam” em seu campo astral. Há médiuns que tem a característica de “retirar” essa energia de outras pessoas. Se isso ocorre no terreiro, não costuma trazer grandes problemas, mas se acontece em todo lugar, é sinônimo que o médium está desprotegido ou em desequilíbrio.
“PUXADAS”
São processos comuns em alguns terreiros, Às vezes os espíritos sofredores ou obsessores de uma pessoa têm que ser são “puxado” (trazidos por outros espíritos de luz) para o campo astral dos médiuns por meio do magnetismo. Isso pode ser feito de forma intencional ou involuntária, para fins de tratamento da pessoa e do espírito a ser retirado.
A CORRENTE MEDIÚNICA
É uma força energética de proporções superiores e muito útil, formada por vários médiuns juntos em um trabalho direcionado. Por isso é comum ver médiuns enfileirados cantando juntos em giras de Umbanda.
RECUSAR COMPARECER AS GIRAS.
Varia de acordo com o médium e a casa. Esta deve ser uma decisão livre, mas existem sim relatos de casos onde isso envolve bastante sofrimento, seja por ignorância do médium ou dos condutores de sua casa.
ACORDO COM O PLANO ESPIRITUAL
Na verdade, o trabalho mediúnico é uma oportunidade e não uma condenação. E este trabalho é combinado entre o médium e seus guias ainda no plano espiritual, ANTES DO SEU NASCIMENTO. Romper com este acordo traz as implicações cármicas de quem se furta ao compromisso combinado com falanges de luz, e não a “surras” de espíritos.
“APANHAR DO SANTO”
. Existem diversas causas. Entre elas, o abandono do trabalho espiritual e consequentemente ficar sem a proteção por parte de seus guias e protetores. Sendo assim o médium fica sujeito diversas interferências de alguns espíritos em momentos inoportunos de sua vida.
MEDIUNIDADE CÁRMCA
É quando o médium tem um compromisso muito arraigado com seu resgate cármico no trabalho mediúnico. Nestas ocasiões os espíritos tentam de toda forma trazê-lo ao trabalho e, quando ele se recusa, seu desequilíbrio energético e emocional é grande. Há também a chamada mediunidade de missão, ou missionária, quando alguém se propõe ao trabalho mediúnico para seu progresso, mas não tem compromisso de resgate a fazer. Neste caso os efeitos são mais amenos se por ventura abandonam os trabalhos.
Em ambos os casos, a questão é definida antes do nascimento do médium, ainda no plano espiritual. Em ambos, o abandono dos trabalhos é algo muito triste para toda a espiritualidade.
A INICIAR UM TRABLHO DE UMBANDA O MÉDIUM É OBRIGADO A PERMANECER NELE PARA O RESTO DA VIDA?
Não. Esta é uma decisão é do médium, em parceria com suas entidades de trabalho. O trabalho pode ser interrompido por diversas causas: questões pessoais do médium, saúde, trabalho e até por simples desejo de abrir mão desta oportunidade. Contudo, a pessoa deixa o trabalho, MAS NÃO DEIXA NUNCA DE SER MÉDIUM. É preciso se cuidar.
DESIGAR-SE DO TRABALHO MEDIÚNICO
Deve-se impreterivelmente conversar com os chefes do terreiro. “Nunca “sair” simplesmente, para nunca mais voltar.” O guia do terreiro é a pessoa ideal para lhe ajudar neste desligamento e tomará as providências necessárias quando for o caso. Contudo, deve ser uma decisão muito bem refletida. Quando um médium interrompe seu trabalho na Umbanda, ele interrompe também o trabalho de TODA uma falange com centenas de trabalhadores espirituais. O QUE É MUITO TRISTE.
MEDIÚNIDADE
Sendo a mediunidade uma faculdade inerente ao ser humano, a comunicação entre os dois
planos da vida sempre foi conhecida, desde tempos imemoriais.
Os primeiros habitantes do Planeta chamavam deus a qualquer coisa que lhes escapava ao
conhecimento, tais como fenômenos da natureza e indivíduos com habilidades que o distinguiam
dos demais.
Rendiam-lhes cultos e ofereciam aos deuses sacrifícios humanos e de
animais, assim como oferendas dos frutos da terra.
Mas em obediência à lei do progresso, e pelo exercício do livre-arbítrio, o homem
começou a entesourar conquistas nas sucessivas experiências reencarnatórias.
Aprende a utilizar a energia espiritual da qual é dotado, extraindo elementos do
fluido cósmico universal a fim de elaborar e aperfeiçoar seus mecanismos
de expressão e de comunicação, entre si, e com os habitantes do mundo espiritual.
André Luiz afirma que a intuição foi o sistema inicial de intercâmbio, facilitando a
comunhão das criaturas.
Afirma também que a produção do pensamento contínuo pelo Espírito —
que caracteriza a emissão mental do ser humano — habilitou o perispírito a
desprender-se parcialmente nos momentos do sono reparador do
corpo físico.
Por meio de árduos esforços, o ser espiritual convence-se de que a mente é
a orientadora das necessidades evolutivas que, ao emitir projeções, envolve a pessoa em um campo energético, espécie de “carapaça vibratória”, usualmente denominada “aura”.
A intuição é a mediunidade inicial; o médium é idólatra; adora ou teme
as forças da natureza, nomeadas como “deuses”: sol, céu, lua, estrelas, chuva, árvores, rios, fogo,
O ser humano que se destaca na comunidade. Desenvolve-se uma mentalidade mediúnica
coletiva: crença grupal em Espíritos ou deuses. Aparecem as concepções de céu-pai
(o criador ou o fecundador) e terra-mãe (a geratriz, a que foi fecundada pelo criador). *
Forma mais aprimorada do mediuníismo tribal, apresentando forte colorido anímico,
pelo culto aos fetiches ou objetos materiais que representam a Divindade ou os Espíritos.
Surge a figura do curandeiro ou feiticeiro, altamente respeitada e reverenciada, amada e temida pelos
demais membros da tribo ou clã. Em algum momento, estas práticas se desdobraram em
outras, conhecida atualmente: vodu e magia negra.
A prática mediúnica caracteriza-se pela presença dos mitos (simbolismo narrativo da criação do
universo e dos seres) e pela magia (práticas mediúnicas e anímicas de forte conotação
ritualística).
GRÉCIA
A Grécia torna-se o centro da mediunidade oracular, sendo o Oráculo de Delfos o mais famoso.
O oráculo pode representar a divindade, que fala por voz direta,
podia estar encarnada em um médium, ou ocupar temporariamente o seu corpo para se manifestar.
ORACULO DE DELFOS
É o mediunismo que aparece no período da história humana considerado como início da civilização: é
politeísta e religioso. Os oráculos constituem o cerne de toda a atividade humana, nada se faz sem consultá-los.
EGITO
Egípcios - a mediunidade de cura é especialmente relatada em O Livro dos Mortos,
mas os fenômenos de emancipação da alma eram especialmente conhecidos e praticados.
HINDÚS E VEDAS
Hindus - em os Vedas encontram-se descritas todas as etapas da iniciação
mediúnica e do intercâmbio com os Espíritos. Os hindus se revelam como
mestres no domínio de práticas anímicas, tais como faquirismo e desdobramento espiritual.
JUDEUS
Judeus - a mediunidade é natural, revela-se exuberante na Bíblia,
que apresenta uma significativa variedade de fenômenos, os de efeitos
físicos e os de efeitos inteligentes. O profetismo é o tipo de mediunismo
que mais se destaca e que marca o surgimento da primeira religião
revelada: o judaísmo.
Neste cenário surge a figura notável de Moisés,
médium de vários e poderosos recursos, a quem Deus concedeu a missão
de trazer ao mundo o Decálogo ou Os Dez mandamentos da Lei Divina.
No Novo Testamento, os apóstolos e discípulos de Jesus demonstram maior entendimento da mediunidade que, manifestada aos borbotões, é utilizada para auxiliar o próximo.
O dia de Pentecostes é caracterizado por ser o maior feito mediúnico conhecido, até então (Atos dos Apóstolos, 2; 1-13).
IDADE MÉDIA
Na Idade Média, a mediunidade é perseguida pela ignorância e fanatismo, e os médiuns são submetidos a suplícios atrozes. Condenados a morrer queimados nas fogueiras, pois as decisões
inquisitoriais consideravam as manifestações dos Espíritos ação de forças diabólicas.
O martírio a que inúmeros médiuns foram submetidos, principalmente por efeito da ignorância, prossegue ainda nos primeiros dias do Espiritismo.
A História registra o Auto de Fé em Barcelona, no qual trezentos volumes de brochuras espíritas foram queimadas por ordem do Bispo da Província, em 9 de outubro de 1861, na tentativa infrutífera de destruir a nova doutrina que surgia, cuja origem e natureza, ainda não eram compreendidas.
Como intérpretes do ensino dos Espíritos, os médiuns devem desempenhar importante papel na transformação moral que se opera.
Os serviços que podem prestar guardam proporção com a boa diretriz que imprimam às suas faculdades, porque os que se enveredam por mau caminho são mais nocivos do que úteis à causa do Espiritismo.
SÉCULO XIX
Apesar de ser uma crença disseminada pela maioria das sociedades ao longo da história humana, foi a partir do século XIX que a mediunidade começou a ser um objeto de intensa investigação científica.
MÉDIUNS DE TERREIRO DE UMBANDA
O médium que costuma se manifestar dentro da religião umbandista, possui uma estrutura espiritual específica que permite que espíritos dessa egrégora espiritual se manifestem. Por exemplo: um médium de terreiro tem o campo magnético e vibracional capaz de incorporar uma entidade como um Caboclo, e em seguida, incorporar Exu, pois está preparado para aquela energia espiritual.
AUMBANDA
O AUMBANDAN (vocábulo trino que significa Lei Divina em Ação) é a síntese ou a reunião entrelaçada de todo o conhecimento (gnose) humano. É o elo de ligação vivo (religare) entre o que é espiritual e o que é natural, a porta, o veículo de retorno ao cosmo. É a síntese das sínteses, a Proto-Síntese Cósmica.
A Umbanda, num primeiro momento, funciona como um pronto socorro de almas e a primeira fase do projeto é um grande chamado. É a síntese das sínteses.
OBSESSORES NA UMBANDA. (KIUMBAS)
A Umbanda, juntamente com seus Orixás, Pretos Velhos, Caboclos,Ibeijadas, Boiadeiros, Ciganos, Malandros, Exus e Pombo Giras, trabalham em uma corrente, incansavelmente, para averiguar, retirar, conduzir, encaminhar e fazer o entendimento de espíritos sem luz, que veem ao encontro das pessoas apenas com o intuito de perturbar, fazer adoecer, agregar sentimentos ruins, lançar desavenças entre tantas
coisas desprezíveis que um obsessor (Kiumba)pode fazer.
Ela, a Umbanda, como é uma religião provinda da interligação e preceitos do Catolicismo, Kardecismo, Africanismo, Pajelança e algumas coisas do povo Oriental, vem com diversas maneiras e estudos para
reagir sobre os obsessores.
Vejamos o que Allan Kardec nos fala sobre obsessores:
"Allan Kardec assim orienta: a obsessão é uma influência de um espírito desencarnado, malévolo, sobre um encarnado que pode ocorrer também entre encarnado para encarnado e encarnado para desencarnado.
A faculdade mediúnica é para os obsessores apenas um meio de se manifestarem; na sua falta, tentarão outras maneiras para perturbarem. Eles conseguem exercer influência sobre certas pessoas e podem se
prender àqueles com que têm forma de pensar semelhante naquele momento da sua vida."
Existem médiuns que são perseguidos e passam a agir de maneira grosseira e até obscena, ficam alheios a qualquer raciocínio; quando criticados se melindram e fazem teimar com aqueles que não partilham
da sua atenção.
Mesmo as melhores pessoas podem em algum momento ter problemas com os obsessores, mas o pior cego do que aquele que não quer ver, e ninguém pode curar um doente que se obstina em conservar sua doença e nela se compraz.
98% das pessoas que obsediadas estão semi-inconsciente ou seja, sabe que está ocorrendo. Essa pessoa deve entender que é o único responsável para obter o poder de resistir, o que é evidentemente mais
fácil do que lutar contra sua própria natureza mediúnica.
Para a Umbanda não existem médiuns "possuídos" por espíritos, mas sim a influência de espíritos obsessores simples, espíritos zombeteiros fascinados e subjugados.
*Obsessores simples:
O médium sabe que está sob a má influência, pois tudo o que fala, tem a intenção de criar obstáculos a todo tipo de comunicação. Nesta categoria podemos citar a obsessão física, que consiste nas
manifestações ruidosas, risadas, gritos etc .
*Obsessores fascinados:
Produzem uma ilusão sobre o pensamento do médium que paralisa de
algum modo sua capacidade de julgar seus atos. Ém erro acreditar que esse tipo de obsessão pode atingir somente as pessoas simples; os mais inteligentes não estão isentos disso. A sua tática é quase sempre
inspirar o médium a se distanciar de todo aquele que possa lhe abrir os olhos. Assim, evitando a contradição, estão certos de ter sempre a razão.
*Obsessores subjugados:
Paralisam a vontade do médium e o faz agir fora da sua normalidade.
Está, numa palavra, sob um verdadeiro jugo. A obsessão corporal muitas
vezes tira do médium a energia necessária para dominá-lo.
Entidades de Luz, como Exus, Pombo Giras, Boiadeiros, Erês, ou
qual for a necessidade no momento, podem se apresentar para fazer a
busca, (trazer o espírito). Fazer o entendimento do espírito obsessor e o encaminhamento para o local adequado a cada um, sendo esse local para o lado do aceite ou do não aceite por parte do espírito obsessor.
Caso houver o entendimento por parte desse espírito, ele irá a planos que o levarão a luz e a evolução, caso não haja, ele será preso em outros planos espirituais até que entenda que deverá sim buscar a evolução
espiritual para que assim tenha novas chances de buscar sempre a luz e sair da escuridão que ele mesmo sem entender, é algo que o destruirá a cada instante, levando a cada vez mais longe da evolução espiritual
e dos braços do Pai Maior.
* Se depois de doutrinado , ainda assim o egum não quiser de afastar, será levado até uma Colônia
de Esclarecimento ou a um Exu, que através da Lei Maior, irá faze-lo expiar seus “pecados.”
As Entidades de Luz ensinam que devemos manter sempre
nossos Anjos de Guarda elevados e iluminados, para que assim nos
tornemos fortes e resistentes ao domínio desses espíritos da
escuridão.
É importante que a pessoa obsedada tenha forças a lutar contra esses obsessores, fechando as portas que
deixam abertas, com sentimentos ruins, e imperfeições.
As vezes nos deparamos com um amigo, um ente querido, no qual temos grande apreço e vice-versa, no entanto, por mais amor que temos, por maior carinho que dedicamos, essa pessoa nos desagrada de uma maneira gratuita, de uma forma que não tem o costume fazer.
Com certeza essa pessoa é vítima de um obsessor tomando conta da sua mente e espírito.
Ao tentar argumentar algo sobre o fato com uma pessoa obsediada, possivelmente essa pessoa irá tentar o constranger quanto a sua intenção de ajuda-la através da Umbanda. Irá menosprezar seu modo de ver as coisas, para que assim você desista de investir tempo em busca de uma ajuda espiritual para ela.
Normalmente, ao você falar para uma pessoa obsediada, sobre uma Entidade de Luz, que pode ajuda-la
a pessoa obsediada vai argumentar e deixar você com o máximo de insegurança, para que assim, seja
desfeita sua intenção e a sua fé numa possível ajuda.
A obsediada acredita, e tenta fazer todos acreditarem, que ele não erra, não tem falhas, não demonstra fraquezas. E pode ser observado nessa forma, pois a todo instante tenta fazer isso.
Sendo assim deixa a quem tenta ajudar, inseguro pensando que talvez, a pessoa não esteja sendo vítima de um obsessor.
A pessoa obsediada se afastará das pessoas que podem lhe fazer advertências úteis e se distanciar das mesma sempre que possível. Normalmente começará a evitar contatos, evitará lugares que possam ter encontros com essa pessoa, e evitará ao máximo diálogo com ela.
(Porem não se pode descartar a possibilidade de problemas psicológicos ou psiquiátricos, onde tudo
deve ser averiguado.)
Carlos de Ogum
Fontes: Allan Kardek- Espiritualidade Divina- Somos todos um.- Umbanda Luz e conhecimento -Espíritos obsessores- Luz da Umbanda