92-ZÉ PELINTRA (I)

 

 

ENCONTRAMOS MUITAS HISTÓRIAS SOBRE ESSA ENTIDADE.

 

São tantas histórias e lendas de Zé Pelintra ,que é difícil dizer qual e a verdadeira.

Aqui estão postadas algumas delas.

 

 

      ENTENDENDO O PORQUÊ DE ENCONTRARMOS VÁRIOS “ZÉ PELINTRAS” EM UMA GIRA.

 

Independente do nome, todos fazem parte da falange de Zé Pelintra

 

Zé Pelintra do Cabo,

 Zé Pelintra dos Anjos,

Zé Pelintra das Almas,

Zé Pelintra da Lapa,

 Zé Pelintra da Estrada

Zé Pelintra

Zé Malandro

Zé do Coco

Zé da Luz

Zé de Légua

Zé Moreno

Zé Pereira

Zé Pretinho

Malandrinho

Camisa Listrada

7 Navalhadas

Maria do Cais

Maria Navalha, etc.

 

Cada falange tem sua própria lenda. São homens que tiveram uma história de vida muito semelhante a de Zé Pelintra: fanfarrões, beberrões, mulherengos, sempre envolvidos em brigas, etc.

Geralmente, morriam assassinados por amantes, por homens destas, ou ainda, por amigos traidores. Assim sendo, após desencarnarem, receberam auxílio espiritual e assumiram a falange de Zé Pelintra. Têm o direito de falar em nome deste, porém, tem sua própria história de vida e de morte.)

 

 

ZÉ PELINTRA

 

Zé Pelintra é uma entidade espiritual de origem afro-brasileira. É bastante cultuado e admirado na religião Umbanda como um espírito boêmio, patrono dos bares, locais de jogos e sarjetas, embora não alinhado com entidades de cunho negativo, é uma espécie de transcrição arquetípica do malandro.

 Seu modo de vestir é bastante clássico e típico, Zé Pelintra é representado sempre trajando terno, geralmente de cor branca e mais raramente na cor preta, sapatos de cromo, gravata vermelha e chapéu panamá de fita vermelha ou preta (elegância é uma de suas principais características).

 

                                             ZÉ PELINTRA E O CATIMBÓ

O início de sua linha de trabalho teve origem a partir do Catimbó (culto praticado no Nordeste brasileiro que mistura conhecimentos de ervas, práticas espirituais africanas e europeias, um pouco do Candomblé, da pajelança xamânica indígena e do culto da Jurema Sagrada, sobre uma base fundamentalmente católica.

O Sr. Zé Pelintra é um dos mestres que atuam no culto do Catimbó.

 

Apesar da entidade ter grande importância para os praticantes do catimbó (conjunto específico de atividades mágico-religiosas, originárias da Região Nordeste do país) Zé Pelintra é uma entidade originária primeiramente da Umbanda.

Preto José Pelintra, como também é conhecido no Catimbó, viveu boa parte de sua vida encarnada ao lado de índios brasileiros e que  teria absorvido seus conhecimentos sobre ervas medicinais por consequência dessa convivência.

 

Possui grande influência nas matas assim como possui também um enorme respeito pelos santos católicos, isso se deve pelo fato do próprio Zé Pelintra ter sido batizado e seguido a Igreja Católica Apostólica Romana em vida.

 

 

 

O malandro é conhecido por ser mulherengo, birrento e festeiro, quando os médiuns recebem a visita dessa entidade, podem crer, a alegria será garantida. Zé Pelintra é invocado quando seus seguidores precisam de ajuda com questões que envolvem o lar e os negócios. É conhecido por ser um obreiro da caridade e da feitura de coisas boas.

 

 Muitas vezes Zé Pelintra é confundido com algum exu, isso se deve ao fato dessa entidade se manifestar também em sessões de exus, assim como também apresentar alguns trejeitos parecidos.

 

A VIDA E ORIGEM DE ZÉ PILINTRA

 

Existem diversas versões sobre a vida e a origem do malandro, mas a mais aceita entre seus seguidores diz ele teria nascido no povoado de Bodocó, no sertão pernambucano.

Devido a terrível seca que assolava a região a família de José dos Anjos rumou para Recife.  

Mas infelizmente o menino José perdeu a mãe e o pai vítimas de uma doença desconhecida.

Sem ter para aonde ir o menino se criou na rua em meio a malandragem, dormindo geralmente no porto e trabalhando como garoto de recados das prostitutas das redondezas.

 

 Cresceu tendo a noite como sua vida. Amava jogar dados e carteado, bebidas e principalmente as mulheres. Mulheres essas que ele tratava feito rainhas não importando a sua origem ou quem fosse.

 

Não tardou até ser temido pela polícia devido a sua habilidade me manejar facas, poucos tinham coragem de enfrentá-lo no combate, seja ele armado ou desarmado.

 

Mas apesar da valentia ele possuía um enorme coração, muitas vezes mandando para a casa jogadores bêbados que teimassem em jogar contra ele em estado de embriagues. Justo, leal, boêmio e malandro, essas são as características mais marcantes dessa entidade.

 

NA UMBANDA

 

Na Umbanda, Zé Pelintra é um guia pertencente à linha do "Povo da Malandragem", tendo como seu Orixá patrono Ogum.

 Já no Catimbó, é considerado um "MESTRE JUREMEIRO”.

 

Tanto na Umbanda como no Catimbó, Zé Pelintra é tido como um protetor dos pobres, uma entidade de enorme importância entre as classes menos favorecidas, tendo ganhado o apelido de "Advogado dos Pobres", pela patronagem espiritual e material que exerce.  É comum achá-lo em festas e exposições, sempre rindo. E é claro, sem fazer rir.

 

Existem muitos relatos de avistamentos dessa entidade andando pelas ruas e sarjetas a noite, mesmo por aqueles que não possuem uma grande mediunidade ou até mesmo religiosidade. Já ouve relatos de pessoas que sentiram alguém as seguindo (geralmente em ruas desertas) e, ao olharem para trás se deram de cara com a figura do malandro sorridente a cumprimentar com a aba do chapéu, desaparecendo logo em seguida.

FONTE: “O CALAFRIO”

 

O Sr. Zé Pelintra e seus guias cobram muita seriedade, responsabilidade, compromisso e integridade de seus médiuns, entre outras virtudes.

 

 CURIOSIDADES

 

 

*José Gomes da Silva foi o primeiro maquinistas consagrado ao Preto Zé Pelintra, se for observar a Historia o Trem veio para o Brasil com Dom Pedro II.

 

*A segunda ferrovia inaugurada no Brasil foi a Recife – São Francisco, no dia 8 de fevereiro de 1858, quando correu o primeiro tem até a Vila do Cabo, Onde Nasceu o Mestre Preto Zé Pelintra, em Pernambuco.

                               

*No Nordeste do pais, mas precisamente em Recife, ainda que nas vestes de um malandrão, a figura de Zé Pelintra, tem uma conotação completamente diferente. Lá, ele é doutor, é curador.

É Mestre e é muito respeitado. Em poucas reuniões não aparece seu Zé.

 

*OFERENDA:

O Pão, os Bolinhos de carne e o Cuscuz de Peixe

 

O Pão é a benção de Deus, e representa a União entre os discípulos e filhos de Deus , que crendo em JESUS CRISTO, tem no Pão, o símbolo do seu corpo e, o alimento material, e a prosperidade.

No dia 13 de Junho, dia de Santo Antônio, Padroeiro dos Umbandistas, Zé Pelintra, faz a benção dos Pães, que deverão ser levados para a casa e colocados dentro de um recipiente com açúcar.

 

 O pão durará um ano, até ser trocado por outro. São votos de fé em Santo Antonio. Além dos Pães, temos os bolinhos de carne de Santo Antônio, que é um petisco gostoso e traz muita prosperidade. O bolinho de Santo ANTONIO é feito com carne moída, ovos, Pão amanhecido de dois ou três dias, muito cheiro verde, e são fritos em óleo comum.

 

Nas rodas de amigos de Zé Pelintra nunca falta o bolinho de carne com uma boa pimenta malagueta sue Zé Pelintra que o Bar ou lanchonete que tiver um bom bolinho de carne e um bom prato de torresmo só prosperará.

 OS BOLINHOS DE CARNE, E O CUSCUZ DE PEIXE E CAMARÃO, SÃO PRATOS DA ORDEM DE SANTO ANTONIO, E SERVEM PARA ALIMENTAR O CORPO E O ESPÍRITO DOS MEMBROS DA ORDEM. Você também pode fazer esses pratos em sua casa. è bom, barato e muito nutritivo.

 

* Após o Preto Zé Pelintra se encantar ou fazer a sua passagem para o mundo dos encantados se manifesta em um médium chamado José Gomes da Silva,

 

* “Na rua da amargura, a onde seu Zé Pelintra morava, ele chorava por uma mulher, chorava por uma mulher, chorava por uma mulher que não lhe amava”

 

Essa mulher que ele amava chamava-se Maria da Conceição de Alcatra, apelidado de Maria Luziara, por referencia as Altas Torres de sua Terra Natal em Luzitânia – Portugal.

 Ela faz referencia ao amor deste homem também em suas cantigas “Lírios”

  

 

*O Sr. Zé Pelintra e seus guias cobram muita seriedade, responsabilidade, compromisso e integridade de seus médiuns.

 * Zé Pelintra = Jose Emerenciano nasceu em Pernambuco, filho de uma escrava forra com seu ex-dono, teve algumas oportunidades na vida. Trabalhou em serviços de gabinete, mas não suportava a rotina. Estudou, pouco, pois não tinha paciência para isso. Gostava mesmo era de farra, bebida e mulheres, não uma ou duas, mas muitas.

*Quando o médium se perde através da má conduta, com atitudes irresponsáveis e maldosas, seja pela vaidade, pelo orgulho ou pela ganância, ele é o primeiro guia a se afastar do médium.

 

             A BEBIDA NA INCORPORAÇÃO DA FALANGE DA ZÉ PELINTRA

 É importante ressaltar que os Guias que se manifestam através da linha do Sr. Zé Pelintra podem solicitar alguma bebida, cigarro ou charuto, mas que serão utilizados especificamente para o trabalho espiritual.

Os guias espirituais não descem à terra para se embriagar ou embriagar os seus médiuns, isto deve ser muito bem esclarecido pois chegou o tempo de se conhecer e respeitar aqueles que atuam nesses campos de ação em benefício de seus irmãos.

O que é ignorado é perdoado, mas o que é de conhecimento não o pode ser.

É preciso prestar muita atenção neste recado para que não nos enganemos mais, pois a partir de agora fomos avisados.

O álcool e o fumo apenas são utilizados para limpeza e descarrego espiritual, para desmanche de miasmas e acúmulos negativos e para alguns tipos de tratamentos de cura cujos seus componentes químicos possam ser transmutados e aplicados.

                                                                                                                                                    ***Continua na página 93,

                                                           ZÉ PELINTRA E MARIA MOLAMBO