PG:118-ORIGENS: DIA DE TODOS OS SANTOS E FINADOS

               A ORIGEM DO DIA DE TODOS OS SANTOS

 

      

Ainda que passemos por toda a vida celebrando o Dia de Todos os Santos, muitos desconhecem a origem dessa festividade.

 Sua origem, como é óbvio, tem a ver com a Igreja Católica, e inicia há mais de 1280 anos. Em realidade, e ainda que seja uma forma pouco correta de dizer, é um "pacote" do Vaticano para conseguir que todos os santos fossem venerados pelo menos um dia por ano.

 

                          

Quem impulsionou essa medida foi o Papa Gregório III, que durante seu tempo de pontificado - anos 731 a 741 d.C. - consagrou uma capela na Basílica de São Pedro em honra de todos os santos, e fixou a data comemorativa para o 1 de novembro. As festividades ocorriam apenas nessa capela.

 

Mais tarde, o Papa Gregório IV. - 827 a 844 d.C. - estendeu a celebração para todas as igrejas. É um dia festivo e em muitos países, um dia feriado. Segundo a Igreja, "é de preceito para os católicos", o que quer dizer que todos eles devem participar da missa.

 

Que o dia de Todos os Santos se situe justo antes do Dia dos Fiéis Defuntos, que tradicionalmente é conhecido como Dia dos Mortos, tampouco é casual. No 2 de novembro é habitual irmos aos cemitérios visitar nossos entes queridos mortos e "coroá-los" com flores. Ao celebrar o Dia de Todos os Santos justo um dia antes, a igreja quis garantir dessa forma, que todos os fiéis tivessem confessado e comungado, preparados para a visita a seus amigos e parentes falecidos (uma ideia de pureza da alma).

 No transcurso dos anos e com as diferentes cismas que sofreu a Igreja Católica, ficou sendo a única a celebrar o Dia de Todos os Santos.                                                                                                                                                                     

Em meados do século VIII, o Papa Gregório III mudou a data do Dia de Todos os Santos de 13 de maio para 1 de novembro. Assim, a celebração dos Santos e a dos pagãos se uniu, ou melhor, embolou. Com o advento da obrigação de todos participarem da missa em comemoração do Dia dos Santos, o dos pagãos sucumbiu na Grã Bretanha.                                            

      

                           

 

ORIGEM E SIGNIFICADO DO DIA DE FINADOS

 

                                                                 

O Dia de Finados foi instituído no século X por Santo Odílio, abade beneditino de Cluny, na França, para os mosteiros de sua ordem especificamente, até que a igreja católica universalizou a data.

 

Conforme o Monsenhor Arnaldo Beltrami, o Dia de Finados é o dia da celebração da vida eterna das pessoas queridas que já faleceram. É o dia do amor, porque amar é sentir que o outro não morrerá jamais. Para Beltrami, finados é a celebração da vida eterna que não vai terminar nunca, pois a vida cristã é o viver em comunhão íntima com Deus, agora e para sempre.

 

De acordo com a doutrina romanista, no Dia de Finados, os católicos não festejam a morte, mas a certeza da ressurreição. Em cada sepultura vê-se a imagem da páscoa cristã e a promessa da vida eterna, como vontade e desejo de Deus.

 

No século IV, já encontramos a memória dos mortos na celebração da missa. Desde o século V, a igreja dedica um dia por ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém se lembrava, até que no século XI os Papas Silvestre II (1009), João XVIII (1009) e Leão IX (1015) obrigam a comunidade a dedicar um dia por ano pelos mortos.

 

A partir do século XIII, esse dia anual por todos os mortos passou a ser comemorado no dia 2 de novembro, porque no dia 1º de novembro se realiza a festa de todos os santos. O dia de todos os santos celebra todos os que morreram em estado de graça e não foram canonizados. O Dia de Finados celebra todos os que morreram e não são lembrados na oração do dia de todos os santos, devendo-se acender uma vela no cemitério para simbolizar a vida eterna do falecido.